MALDITO

Maldito seja ele que acabou com a vida dela
estou apaixonado e não vou ficar com ela

Maldito seja ele que causou angustia e dor
o passado foi tão duro,ela nem sabe o que é o amor

          Maldito seja ele

              destruiu a vida dela
                  
Faleceu e foi embora
                        mas deixou muitas sequelas

Maldito seja ele
destruiu a vida dela

Destruiu também a minha

que não sei ficar sem ela

                                                                                       PenhaBosell*i / maat 2015

JOÃO e MARIA

Pinta os olhos
pinta a boca
raspa os pelos
a voz é rouca

corpo macho
alma femea
mão e pinça,no espelho
alinhando a sobrancelha

 

vida torta e incerta
alma aflita sem destino
a única verdade
nunca soube ser menino

vida louca / viravolta
corpo e alma em sintonia
Não existe mais João


Só existe a Maria

…………………………………………PenhaBosell*i / maat 2015








PRISIONEIRA

Prisioneira de corpo e de alma

a grade enquadrando a flor

cercando a camélia branca

obra prima do Criador

A beleza não se deforma
e serena,a flor se mantém
generosa exala o perfume

além da grade que a faz refém

Ainda que aprisionada
a camélia tem coração

generosa expande o perfume
cumprindo sua nobre missão
..................................................PenhaBosell*i / Maat 2015

CHÃO DE LEMBRANÇAS

Cada pétala um momento,que ficou lá no passado

um sorriso verdadeiro,um abraço disfarçado.

Cada pétala uma lágrima desde a infancia derramada

uma bronca, um amor perdido,uma morte anunciada.

Cada pétala uma lembrança,dos amigos,das noitadas

boemia sem juízo,vida alegre em serenatas

Cada pétala uma mágoa,uma marca registrada
na alma que sempre cantou,e hoje é alma calada

Pelo chão lembranças,sorrisos


um passado alegre e festivo

o tempo caído na praça

murchando em tom rosa comigo


                                                         PenhaBosell*i /MAAT 2015

MELANCOLIA

O passarinho piou,a pomba rola gemeu e o gato miou.
a macacada fugiu,pica pau foi embora e o cachorro uivou

O tucano chegou,bateu as asas enormes,e depois voou.
Agora,silencio...a coruja piando,no buraco do tronco,não quer se mostrar.
O sapo do brejo,gordo e pesado,mal consegue pular.

Eu acuada,sem rumo e sem luz,tateando no escuro.
Buscando na mata,uma trilha,um atalho,que contorne esse muro.

O vagalume indeciso,cintila no escuro mas não consegue voar
Nem a estrela vagando no céu sabe o caminho
desorientada,perdida e ofuscada,não consegue brilhar

A mata em silencio,escuta urutao em melancolia
que triste lamento
que angustia no peito
que triste poesia




                                                                       PenhaBoselli* MAAT /2014