MELANCOLIA

O passarinho piou,a pomba rola gemeu e o gato miou.
a macacada fugiu,pica pau foi embora e o cachorro uivou

O tucano chegou,bateu as asas enormes,e depois voou.
Agora,silencio...a coruja piando,no buraco do tronco,não quer se mostrar.
O sapo do brejo,gordo e pesado,mal consegue pular.

Eu acuada,sem rumo e sem luz,tateando no escuro.
Buscando na mata,uma trilha,um atalho,que contorne esse muro.

O vagalume indeciso,cintila no escuro mas não consegue voar
Nem a estrela vagando no céu sabe o caminho
desorientada,perdida e ofuscada,não consegue brilhar

A mata em silencio,escuta urutao em melancolia
que triste lamento
que angustia no peito
que triste poesia




                                                                       PenhaBoselli* MAAT /2014

LIBIDO DA LUA

A lua transparente e tenue,quase não aparece no céu

O brilho pálido e fraco,lembra aquarela em papel.

Talvez pela hora do dia, ou pelas condições lá do céu
fato é que a lua está débil,parece encoberta com véu.

A lua e minha alma estão frágeis,carentes de brilho e de amor


Queremos promessas cumpridas : libido e amor sem pudor.

        
                                                            PenhaBosell*i
                                                                                                 MAAT / 2015

 
                                                                                                  

A LUA E O FIO

Entre eu e a lua existe um fio
entre eu e o céu existe um fio
entre o céu e a terra,existe um fio

O fio divide,separa e mantém barreiras


Como tirá-lo do caminho ?

Como encontrar um atalho que me leve até a lua
,ou que traga a lua até mim?

Como trazer a lua para o lado de cá ?


Como posso eu,passar para o lado de lá ?

 

A lua permanece impassível,não demonstra nenhuma emoção

Eu é que fico aflita,sofrendo com a separação.

Quero a lua pertinho de mim
quero o mesmo espaço que ela


quero ser branca,pura e alva

assim como a lua da minha janela

                          PenhaBosell*i
                                                                     MAAT / 2015